terça-feira, 16 de outubro de 2012

Material para o 2º Ano


                                                                                                                          
                                                                                                                                                                                              




terça-feira, 2 de outubro de 2012

Variando a vida


Boa tarde caros leitores!
Aprofundando mais o diálogo sobre reprodução, hoje o post será direcionado ao tipo de reprodução sexuada.

Mas primeiro, vamos fazer uma reflexão com base no que foi dialogado até então. 

Nós vimos que o primeiro mecanismo de reprodução em nosso planeta foi o assexuado, onde microorganismos compreendiam formas variadas dessa reprodução (brotamento, cissiparidade, esporulação e regeneração). Com o passar do tempo, e com o desenvolvimento dos organimos, foi perceptível a necessidade de outro mecanismo de reprodução para a perpetuação da espécie, qual chamamos de reprodução sexuada.

Hoje, nós sabemos que os mamíferos, anfíbios, répteis, aves, entre outros animais presentes em nossa biosfera se reproduzem de maneira sexuada. Mas afinal, o que isto quer dizer? Os animais fazem sexo? É isso?


          Quando falamos de reprodução, esta pode estar relacionada, ou não, com o ato da cópula. Logo, não é porque estamos falando de reprodução assexuada e sexuada que estas se valem apenas quando o sexo  (ato da cópula) está presente. O ato sexual é outra história, que será discutido posteriormente  aqui no blog, em outra postagem.


Para refletir: 

Se no planeta já existia a reprodução assexuada, por que com o seu desenvolvimento surgiu a sexuada? O que estas reproduções têm de diferente? E o que têm em comum?


Quando definimos a reprodução sexuada, falamos da fusão de duas células fraternas que originarão um novo ser, essas células são chamadas gaméticas e são formadas pelo processo de divisão meiótica. Gameta do grego gametês, refere-se a marido, esposo, que na Biologia representa uma das duas células (masculina/feminina) que consiste no papel fundamental da fecundação, tanto em animais quanto em vegetais.
Esses gametas são produzidos em órgãos específicos nos machos e nas fêmeas, sendo os espermatozóides (gametas masculinos) produzidos nos testículos, e os óvulos (gametas femininos) produzido nos ovários respectivamente.
Então pode-se dizer que neste tipo de reprodução a fecundação é essencial para a junção do material genético paternal, que gerará um indivíduo diferente de seus pais, porém carregando consigo parte das caracteristicas de ambos.

          Ao assistir o vídeo, pode-se observar como ocorre a fecundação em nós, seres humanos, mas esse proceso é semelhante nos demais mamíferos, e animais. O princípio da fecundação é a fusão dos gametas, como pode-se ver o espermatozóide fecundando o ovócito secundário na tuba uterina da mulher.
Neste caso, do vídeo, estamos falando de uma fecundação interna, pois ela acontece dentro do sistema reprodutor feminino. Porém existe a fecundação externa, como ocorre em determinados peixes, por exemplo, onde os pais depositam seus gametas na coluna d'água para que eles se fecundem e formem o ovo.


A vantagem que os animais obtiveram com a reprodução sexuada, é que esta garante a variabilidade genética, pois os indivíduos gerados aqui, não são idênticos aos pais, eles possuem variação em seu genoma, o que permite suportar determinadas alterações climáticas, condições de estresse, alterações no habitat e etc. Com isso, notavelmente tem-se maior garantia da perpetuação da especie.

Os seres que se reproduzem sexuadamente podem ser divididos em monóicos e dióicos.
Monóicos são aqueles que possuem ambas as gonadas sexuais masculinas e femininas, por tanto esse indivíduo pode produzir tanto espermatozóide quanto óvulo. Mas isso não implica que necessariamente ocorrerá a auto fecundação nestes seres, pois pode ocorrer uma maturação das gonadas em períodos diferentes, deste modo ocorrendo a troca de gametas entre indivíduos distintos. No entanto, pode ocorrer a auto fecundação quando ambas as gônadas maturam juntas e produzem os gametas simultaneamente, mas isso também não quer dizer que o indivíduo gerado será idêntico ao progenitor, pois como os gametas são formados pela meiose, pode ainda ocorrer a variação genética, porém neste caso ela é mínima. 
Já os dióicos, são aqueles que possuem o sexo separado, ou seja, os machos possuem testículos e as fêmeas ovários. Nesse caso é necessário a presença dos dois indivíduos para a troca dos gametas, e aqui a variabilidade genética é maior em relação ao indivíduo monóico que realiza a auto fecundação.

Quanto ao desenvolvimento, ele pode ser de dois modos:
- Direto: quando o indivído nasce "pronto", semelhante a forma adulta. Um exemplo são os mamíferos, nós seres humanos, aves e répteis.

- Indireto: quando o indivíduo passa por fases até atingir a fase semelhante à adulta. É o caso dos insetos, anfíbios, peixes, que possuem pelo menos, um estágio larval entre outros estágios, utilizando da metamorfose para se tornarem indivíduos adultos.

Bom, após esse breve diálogo sobre a reprodução sexuada, será que é possivel dentro dela termos cópias idênticas dos indivíduos? Mesmo se tratando de uma troca de gametas, é possível gerar dois ou mais indivíduos idênticos?

O próximo post será relacionado aos casos especiais de reprodução sexuada como Partenogênese e Poliembrionia. 

Trabalhando o conhecimento!
Que tal exercitar um pouco do que foi discutido?

(UEPG-2011) Dos aproximadamente 300 milhões de espermatozoides eliminados na ejaculação, apenas cerca de 200 atingem a tuba uterina e um só fecunda o ovócito II. Nesse contexto, assinale o que for correto, no que se refere ao fenômeno da fecundação.                    

(01) Há muitas doenças causadas por mutações no DNA mitocondrial paterno quando em contato com o citoplasma do óvulo e que são transmitidas aos seus descendentes. Além disso, a análise do DNA mitocondrial tem sido usada em testes de paternidade, para verificar quem é o pai de uma criança.
 (02) São exemplos de doenças humanas causadas por mutações no DNA mitocondrial: Alzheimer, oftalmoplegia crônica progressiva, diabetes melito, distonia, síndrome de Leigh, atrofia óptica de Leber e epilepsia.
 (04) Na fecundação, o espermatozóide fornece para o zigoto o núcleo com o material genético paterno, o centríolo e as mitocôndrias.
 (08) Quando liberado do ovário, o ovócito encontra-se envolto pela zona pelúcida, formada por uma rede de filamentos glicoproteicos. Externamente à zona pelúcida há a corona radiata formada por células foliculares, derivadas do ovário.
 (16) Na fecundação, o espermatozóide passa pela corona radiata e, ao atingir a zona pelúcida, perfura-a graças à liberação de enzimas do capuz acrossômico. A seguir, a membrana do espermatozóide funde-se à membrana do ovócito. Nesse momento, a zona pelúcida sofre alterações, formando a membrana de fecundação, que impede a penetração de outros espermatozoides no ovócito.