quarta-feira, 26 de setembro de 2012

De onde viemos?


Na abordagem do conteúdo de Reprodução, ao refletirmos sobre essa "simples" pergunta -que de simples só tem a aparência- “de onde viemos?”,  pode-se obter reflexões complexas acerca do momento em que a vida se origina. 
            Analisando a figura acima, você pode responder o que elas têm em comum?
Já pensou?

Bom, se repararmos bem, ela é composta por várias figuras que representam diferentes formas de vidas: protozoários, cnidários, planárias e fungos. Reparou bem que todos estavam no plural, não é mesmo?! Esta imagem representa a reprodução destes seres descritos! E como eles estão se reproduzindo? Na biologia é comum estudarmos os tipos de reprodução -você deve estar pensando: como se não bastasse um processo complexo para a geração de um indivíduo, temos mais de um tipo! Mas é exatamente isso, temos alguns tipos- aqui por exemplo, nesta figura, todos os seres estão se reproduzindo assexuadamente.

- Ok, mas e o que a reprodução assexuada significa? Ela acontece na ausência de sexo, é isso?
Não é bem assim... quando tratamos de reprodução assexuada, devemos nos lembrar que todos os seres possuem dentro de sua célula, ou de cada célula do conjunto delas que o indivíduo é formado, uma carga genética (genoma), que ela pode estar encerrada em um núcleo ou não (como no caso de bactérias, ou células procariontes), e que quando gera-se um indivíduo cujo genoma permanece o mesmo de seu progenitor, nós estamos falando de reprodução assexuada.

- Logo, o que pode-se concluir?
A reprodução assexuada, é toda aquela em que não ocorre trocas gaméticas, deste modo, a prole possui seu genoma idêntico ao progenitor, não ocorrendo assim a variabilidade genética. Isso mesmo, não ocorre a variabilidade genética. Então, um paramécio (protozoário) a partir da reprodução assexuada, é responsável por originar uma população de paramécios  que são genéticamente idênticos! Mas o que isso pode implicar? Quando temos uma população em que não ocorre a variabilidade genética, esta se sujeita à diminuição da população, ou até mesmo a sua extinção quando ocorre, por exemplo, uma variação climática, do pH do meio em que vivem, da composição quimica dos alimentos, que estas variações quando drásticas para a manutenção da vida dos paramécios, eles não conseguem se adaptar à elas, e consequentemente, morrem. Exceto quando por algum motivo ocorre a mutação do genoma da prole, neste caso a prole não possui o genoma idêntico ao progenitor, e ela possivelmente poderá se adaptar às condições adversas do meio em que vive.



A figura acima representa o processo de reprodução assexuada denominado divisão binária, bipartição ou cissiparidade. 
Processo que envolve a divisão mitótica de uma célula, gerando duas células geneticamente idênticas. Ocorre em protozoários e bactérias.

A reprodução assexuada por brotamento ou gemiparidade, é compreendida pelo desenvolvimento de um broto em um indivíduo que se desprende passando a ter uma vida independente do progenitor. Ambos os organismos possuem o mesmo genótipo. Esse tipo de reprodução é comum em hidras (cnidários), esponjas e até em certas plantas.

A regeneração é um mecanismo de reprodução assexuada em seres que possuem capacidade de regeneração muito alta, como no caso das planárias. Cada fragmento do corpo em condições ideias do meio, pode regenerar-se em um indivíduo idêntico ao progenitor. Além das planárias, pode ocorrer em esponjas e em algumas plantas. Certas plantas ao serem destacadas e implantadas na terra, ou até mesmo colocadas em recipientes com água, elas desenvolvem raízes, processo esse chamado de estaquia que é comumente utilizado na jardinagem.

A esporulação ocorre quando os organismos produtores de esporos (de maneira assexuada, através de mitoses e/ou meioses) liberam eles no ambiente para que em condiçoes favoraveis, esses esporos se desenvolvam em um novo indivíduo idêntico ao progenitor. Esse tipo de reproduçao é comum em bactérias, fungos e algas.



Todo o diálogo realizado aqui sobre a reprodução assexuda, dele pode-se concluir que apesar de não ocorrer a variabilidade genética, é um mecanismo eficiente de propagação da espécie, pois até hoje encontra-se diversidades de bactérias, de fungos, entre outros indivíduos que utilizam apenas este mecanismo de reprodução. Embora tenha sido a primeira forma de reprodução no decorrer do desenvolvimento do nosso planeta, hoje sabemos que além da reprodução assexuada, temos a sexuada que é comumente em mamíferos, répteis, anfíbios, peixes, incluindo os microorganismos, e que será discutida no próximo post.

Trabalhando o conhecimento!
Que tal exercitar um pouco o conteúdo que foi discutido?

ASSINALE (V) VERDADEIRO OU (F) FALSO QUANTO Á REPRODUÇÃO.

(  ) É SEXUADA QUANDO OBRIGATORIAMENTE VALE-SE DO SEXO.

(  ) É ASSEXUADA QUANDO NÃO USA GAMETAS.

(  ) QUANDO DEPENDER DA FECUNDAÇÃO USARÁ SEMPRE DOIS INDIVÍDUOS.

(  ) TEM POR PROPÓSITO A PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE.

(  ) SEMPRE DEPENDE DA FECUNDAÇÃO

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Discutindo a Bioética

Boa tarde caros leitores,
hoje o post está relacionado a uma vertente trabalhada em curso didático no período verpertino, com os alunos do 1º ano.

Este curso possuiu como tema "Discutindo a Bioética: Legalização do aborto de fetos anencéfalos", e procurou esclarecer as questões biológicas, sociais, científicas e culturais de acordo com a problemática atual da legalização do aborto de fetos anencéfalos, que ocorreu semestre passado.

Além do contexto, a biologia do desenvolvimento embrionário foi estudada durante o curso para que os alunos pudessem obter o aporte teórico para a construção do senso crítico, a partir do conhecimento científico exposto dialogadamente, para a discussão do tema.

A reportagem sobre “Bioeticista defende a legitimidade de interrupção da gravidez em caso de anencefalia”, foi trabalhada com os alunos para introduzir um debate em relação a opinão deles, de modo a incitá-los a discussão construtiva sobre o assunto, estimulando a relação entre os alunos e professores.



     Disponível em: {http://www.ghente.org/entrevistas/materia_rolamd.htm}

E você leitor? O que pensa sobre o assunto? Nós de fato fazemos parte de um País Laico? Por que tanta luta para a legalização do aborto de fetos anencéfalos? E a demora? Mas afinal de contas, é certo ou errado abortar? De fato são questionamentos intrigantes que embora você não responda aqui nos comentários, pelo menos vai dedicar alguns minutos refletindo... não é mesmo?!
No decorrer das aulas, a reportagem se enquadrou em um recurso muito eficiente para a contextualização e a dinamização do assunto trabalhado.

Aqui, você pode acompanhar as temáticas trabalhadas durante o curso, assim como materiais elaborados, exercícios propostos, atividades práticas e etc.