segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sangue do Meu Sangue

                       

                           Para quem já ouviu um pai orgulhoso dizer do filho:
 "esse menino é fera, tem o meu sangue correndo nas veias";
 ou alguém dizendo:
 "aquela moça não serve para você, ela tem sangue azul, chiqueza da cabeça aos pés",
 "aquele menino é sangue bom!";
pode notar o apreço que as pessoas criam pelo sangue do nosso corpo, como se ele justificasse as nossas essências morais, éticas e culturais.
                           Sim, o sangue é importante, e pode nos caracterizar muito, mas biologicamente falando!
                            O tecido sanguínio é composto por vários tipos celulares e substâncias que conferem a sua principal função: manutenção da vida. Sem o sangue, dificilmente teríamos um organismo tão complexo, formado por um conjunto de sistemas e órgãos importantes. O sangue é vital. É ele que proporciona as trocas gasosas das células dos diversos tecidos irrigado por vasos sanguínios, e os supre com substâncias que realizam a sua manutenção, como por exemplo, o transporte de proteínas, enzimas, gorduras, hormônios, água e sais. Além disso, o sangue é o nosso protetor contra agentes externos e infecciosos (vírus, bactérias e fungos), com a atuação dos glóbulos brancos. Quando nos cortarmos, as plaquetas entram em ação: o sangue coagula na região para estancar o ferimento e evitar uma hemorragia.

                           E como dito anteriormente, o sangue pode sim dizer muito sobre a pessoa. Quando fazemos um exame de sangue, ao observar a contagem de células sanguineas, como por exemplo, os eritrócitos (células vermelhas, hemácias), podemos inferir se uma pessoa está ou não anêmica, e ao contar os leucócitos (góbulos brancos, células de defesa do organismo), podemos identificar se o indivíduo está ou não com algum tipo de infecção.
 
           A figura acima mostra as hemácias pequenas e avermelhadas, e em contraste os tipos de leucócitos.

                   É preciso nos conhecer à fundo, saber qual grupo sanguíneo nós pertencemos. Em situações de acidentes graves, qual seja necessária uma transfusão sanguínea, se não soubermos o nosso tipo sanguíneo, os procedimentos de pronto atendimento são menos àgeis, devido ao teste que terá de ser feito antes de iniciar qualquer transfusão, por mínima que seja.
A figura acima representa os quatro grupos sanguíneos.


Já que o sangue é tão importante para a nossa vida, e sem ele não vivemos, não custa nada doar um pouco do que temos para aqueles que necessitam devido à condição clínica ou por envolvimento em acidente grave. Não somos lesados de maneira alguma ao doar sangue, muito pelo contrário, só temos à ganhar por fazer o bem ao próximo, doando um pouco de vida.

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